Resident Evil Revelations - Análise


Resident Evil chega ao Nintendo 3DS com a intenção de colocar o portátil da Nintendo para apresentar um Resident Evil digno de um console doméstico com visuais de alta definição e uma jogabilidade perfeita. A história se passa entre Resident Evil 4 e 5, tanto na narrativa, como na mecânica de jogo, há algum certo desequilíbrio entre os momentos de ação e sobrevivência, apesar do esforço feito para integrar ambas as coisas.

Há fases em que controlamos Jill Valentine a bordo de um navio, cheio de criaturas pouco simpáticas e em outras fases mudamos completamente de personagens, jogando alguns eventos paralelos ou flashbacks que tem como intenção principal explicar um pouco melhor a história do jogo.


Grande parte do enredo, que envolve conspirações e terroristas mal intecionados é passado em alto mar e sob o controle de Jill Valentine, está o navio com compartimentos variados, carregados de tensão, em um ambiente bem trabalhado e que faz com que os jogadores se distraiam dos diálogos pouco inteligentes que povoam o jogo.

O sistema de armas é relativamente variado, existem caixas de armazenamento por todos lados. As armas e itens que deixamos numa caixa, estarão disponíveis em qualquer outra que encontrarmos em qualquer outro lugar. Além do arsenal de granadas, caçadeiras e pistolas, temos um dispositivo que permite investigar o ambiente em nossa volta, facilitando o reconhecimento de novas pistas e itens adicionais, como munições ou os famosos vasos com plantas que recuperam a nossa energia. O novo equipamento permite também analisar os cadáveres dos mortos-vivos ou mesmo quando estão vindo em nossa direção para obtermos mais informações sobre os adversários e ganharmos energia adicional.


Da mesma forma como acontecia no Resident Evil original, parte da campanha vai ser passada a andar para trás e para a frente em busca de chaves que permitem abrir portas para novas áreas.

Graficamente falando o jogo é um sucesso. O hardware do portátil da Nintendo foi levado ao limite. O 3D é apresentado de forma impressionante, garantindo muita imersão no jogo. Como acontece em diversos outros títulos, em ambientes de mais ação é aconselhável desativar a funcionalidade 3D do aparelho, pois é fácil sair do ângulo de visão. Outros problemas de limitação do console também são perceptíveis; Na transição entre zonas, especialmente quando utilizamos elevadores, há sérios travamentos enquanto o novo ambiente é carregado na memória do 3DS. Fora isso, não existem mais nenhum problema a se apontado no portátil.

A história tem cerca de 10 horas de duração e é dividida em capítulos, algo que faz algum sentido em termos de jogo para um portátil. Antes do início de cada capítulo, temos direito a um ''anteriormente em Resident Evil...'' como em um seriado de televisão, para recapitularmos os eventos da campanha já jogada até aquele momento.



Algo bastante imcompreensível é a introdução de parceiros durante o modo single player. Apesar de serem ''imortais'' e não termos de nos preocupar com a proteção dos nossos companheiros, pouco ajudam também. Seria melhor e teria muito mais tensão se estivéssemos sozinhos com os inimigos. A trilha sonora é algo que também contribui bastante para a imersão durante o jogo. Ela altera sem falhas entre o ritmo acelerado e a música ambiente.

Frequentemente, jogadores reclamavam da impossibilidade de andar e disparar ao mesmo tempo. A inclusão do Circle Pad Pro*, permite no entanto confrontos multi-tarefa, onde é possível andar e disparar simultâneamente. É possível também utilizar o recurso sem o acessório, mas a experiência é melhorada se utilizarem.

No menu dos comandos podemos encontrar a opção de colocarmos a mira em terceira pessoa, bem ao estilo Resident Evil 4. Continuando pelo menu de opção, aconselhamos que coloquem também o nível de efeito 3D no máximo, porque vale realmente a pena.



Depois do modo campanha ser finalizado, ainda há alguns modos adicionais com missões e um novo nível de dificuldade para ampliar a longevidade do título. Resident Evil continua à procura de novos caminhos no campo de ação, mas onde a maestria efetivamente continua é no campo do horror dos seus títulos originais. As sequências de ação elevam a pulsação, mas nunca são assustadoras o suficiente.

Apesar de encontrarmos alguns problemas de identidade entre o gênero, ação e sobrevivência, sem dúvida é uma excelente entrada na saga. Com certeza todos os jogadores do portátil da Nintendo ficarão impressionados com o poder que o 3DS pôde oferecer com o jogo exclusivo da CapCom.


Circle Pad Pro* - Acessório que adiciona novos botões e um analógico direito à portátil da Nintendo

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