Gears of War 3 – Análise Completa


E chegamos ao último capítulo da Saga. Depois de muitos combates e destruição, chegamos ao último local da batalha. Tudo parecia acabado em Gears of War 2, onde a destruição de Jacinto parecia o fim dos Locust, e a mudança da civilização para a ilha Vectes com a intenção de uma total reconstrução parecia ser a mais pacífica. Mesmo sabendo de que a rainha dos Locust estava viva e poderia dar inicio a outra guerra quando conseguisse organizar novamente o seu exército. Gears of War 3 veio mostrar que todas essas idéias estavam fora do baralho, pois uma nova raça apareceu.

Dezoito Meses depois dos acontecimentos de Gears of War 2, depois do período de tranquilidade, os Lambent, Locust infectados, submergem do subsolo e dão inicio a uma nova batalha. Com o abandono do chefe de estado dos COG, Richard Prescott, os poucos COG existentes separam-se em grupos para tentarem salvar os humanos ainda existentes de serem invadidos pelos Lambent. Iniciada a batalha, Marcus encontrasse no CNV Sovereign, local onde é presenciada a chegada do presidente Prescott, que dá a Marcus um disco que prova a existência do seu pai, e de que ele tinha descoberto uma forma de ajudar a salvar a toda humanidade. Mas durante esta descoberta, a CNV27 é atacada dando inicio assim à revolta e coragem de um esquadrão de combate para mais uma última jornada.


O modo história mostra-se como o melhor da série, logo após o Gears of War 2, que mostrou um pouco de excesso e mexer e remexer o que já estava mexido, prolongando ainda mais ali e aqui, só para ter mais um pouco de história, apesar de ter vários momentos de ação, foi sem dúvida o que mais falhou ou apenas o que mais desiludiu, apenas por ''embrulhar'' demais alguns momentos do desenrolar da ação. Gears of War 3 trouxe uma história com mais emoções, momentos cómicos e mais significativos.

O interessante de ver neste último capítulo da saga, é que existe um maior foco nos restantes dos personagens e não apenas em Marcus, nos anteriores apenas víamos as emoções que cada personagem ia revelando ao longo da história, mas apenas quando se colocavam na presença de Marcus, nunca tínhamos a possibilidade de ficarmos na pele dele, nesta podemos nos colocar da pele de Cole, e conhecer um pouco mais da sua história enquanto jogador de trashball.

Pequenos detalhes que nos levam ao conhecimento mais profundo do desenrolar de toda a ação presente no jogo, a possibilidade de controlar os dois esquadrões é bastante gratificante para o jogador ficar a conhecer um pouco mais do que se está a se passar no mundo de Gears, e não apenas no mundo de Marcus Fenix. Talvez seja uma tentativa da Epic de ir habituando os fãs da série a não ficarem agarrados apenas em Marcus, partindo dessa forma para uma nova aventura futuramente. O mesmo se irá passar com os DLCs que serão lançados, contendo uma mini história em que não estará presente Marcus, mas sim antigos e novos personagens do game.


Em Gears of War 3, a Epic se viu obrigada a alterar o estilo sombrio, de cavernas húmidas e ambientes urbanos, para algo com mais vida, tanto animal como vegetal, tornando assim os ambientes muito mais vivos e bonitos visualmente, com uma presença bastante notória do sol e da inserção do mesmo em diversos lugares, como vidros e materiais metálicos brilhantes, dando um ar mais familiar ao nosso dia a dia. 

Mas existem alguns problemas, principalmente quando se trata no carregamento das texturas que continuam a demorar apesar de não acontecer com muita frequência caso o jogo esteja instalado no disco rígido do console, se estiver sendo lido através do DVD, a probabilidade de acontecer são maiores, tudo isso se deve ao motor gráfico da Unreal. Também existe um enorme exagero de blur nas cutscenes do jogo, algumas até podem passar desapercebidas, mas outras notam-se claramente, o que nos faz ficar um pouco desiludidos com a ação que decorre nessas mesmas cutscenes. 

Mas tirando isso, temos excelentes gráficos no gameplay do jogo, o detalhe de cada personagem é impressionante e bem perceptível, as explosões têm uma qualidade muito acima da média, e é de salientar que elas são constantes durante o jogo, tanto com granadas, como os próprios Lambent, que explodem cada vez que morrem, todas elas são fantásticas e bem distintas. As dos Lambents apresentam uma cor mais amarelada devido ao seu ''sangue'', existindo mesmo uma dispersão do mesmo, enquanto que as restantes explosões são mais avermelhadas, algo incrível nos momentos em que vimos ambas as explosões ao mesmo tempo.


Quando falamos do som, não são apresentadas grandes evoluções, apenas manteram a boa qualidade sonora de cada arma, as novas armas como era de se esperar possuem um som próprio. As falas durante a batalha é que foram mais destacadas, no que toca a importância e frequência, é muito mais constante os comentários nesse Gears do que nos títulos anteriores. No Gears of War 3 somos avisados quando existem inimigos prontos para atacar, através de comentários dos nossos colegas, diferente dos demais Gears, que só falavam quando estavam caídos ou quando se iniciava uma nova missão, de resto as suas falas eram praticamente nulas.

Ouvir o som de cabeças explodindo é muito mais frequente, algumas das armas nos permite como nos anteriores, arrebentar com cabeças mais facilmente, e com a jogabilidade que nos é fornecida em Gears of War 3 nos permite executar essa ação mais frequentemente. A precisão das armas está mais apurada, a movimentação do nosso personagem é ligeiramente mais solta e obedece mais rapidamente às nossas instruções. Alguns erros podem acontecer, como sair de um cover e ao começar a correr irmos encostar em um objeto e não encostarmos logo a ele, entre outros problemas do gênero.

Mas contudo podemos apontar para a nova característica de cover, que não nos permite ficar no cover frente a frente com um inimigo, por haver probabilidade do inimigo poder saltar o objeto e nos dar um pontapé, ficando assim durante uns segundos desprotegido.


Além da nova jogabilidade um pouco mais solta, continua com as mesmas características dos anteriores, a jogabilidade muda quanto falamos a respeito do manuseamento das novas armas adicionadas ao jogo, como na utilização das novas granadas, que não são tão eficazes, ao nível da zona de ação, por estarem muito mais limitadas, tornando assim o 'plantar' de granadas na parede ou outros locais menos eficazes que os anteriores. As novas armas introduzidas são mais fortes, mas necessitam de um maior controle, tanto com a nova Sawed-off shotgun, que apenas dispara um tiro de cada vez, mas tem uma área de ação bastante grande, e a Retro Lancer, que apresenta um recoil muito grande em relação aos restante das armas do jogo. 

A Inteligência Artificial continua a mesma coisa do Gears of War 2, apesar de se notar bastante as características dos Lambent e dos Locust, uns notam-se a mínima organização, mostrando alguma noção de proteção dos colegas, atacando aqueles que mais danos estão a dar aos seus companheiros, mas outros mostram que já não são o que eram em termos de organização, estão mais desorganizados, mais selvagens, apenas virados para o combate.

A jogabilidade no Modo Hord também mudou, isso porque foram inseridas novas características ao modo, a introdução de armas, barreiras e objetos de distração dão outro tipo de controle e estratégia ao modo, e pela primeira vez na série Gears of War podemos sentir o que é estar na pelo de um Locust, o modo Beast nos dá essa oportunidade, a jogabilidade dos mesmo é bastante simples, mas também é um pouco mais presa, visto que não se executam cover, apenas correm, disparam, batem e lançam granadas.

Não é algo que pareça muito entusiasmante à primeira vista, mas sentir o poder destes animais de guerra é bastante divertido, e também o modo está elaborado, tendo tempo limitado, que aumenta os COG que vamos matando, de maneira que tenhamos que nos esforçar ao máximo para conseguirmos vencer as 12 rodadas definidas para o final do modo.


O modo Horde que já foi anteriormente falado, traz novas características, características essas que tornam este modo mais interessante e divertido, mas também mais difícil e estratégico, quanto mais jogarmos este modo, mais opções de armas, barreiras e objetos de distração teremos, mas a dificuldade está mesmo no dinheiro que teremos que economizar, pois teremos que comprar tudo o que vemos espalhado pelo mapa.

O novo modo Beast que nos coloca na pele do Locust, onde teremos a função contrária ao modo Hord e teremos que destruir todos os COG mas com um tempo limitado para fazer. O modo Multiplayer traz novos e continua com antigos modos de jogo, como o Team Deathmatch, onde temos 15 respawns para cada equipe; Capture the Leader, que veio substituir o Submission e o Guardian, traz  o objetivo de capturar o Leader da equipe adversária e mantê-lo durante 30 segundos sobre a forma de ''escudo de carne'', e os já conhecidos Warzone, Execution, King of The Hill e Wingman. Os personagens para tais modos são agora mais alargados, tanto de um lado, quanto de outro. Mas perde um pouco pelos apenas 9 mapas novos e 1, o Gridlock antigo. Mas com um grande ponto forte, temos finalmente servidores dedicados, algo que já se pede desde  o primeiro jogo da série.

Para terminar quero dizer que o jogo não é perfeito, que tem erros sim, mas que os seus desenvolvedores arriscaram, erraram, melhoraram e tornaram está série cada vez mais desejada. As novas características do jogo não o tornam novo ou com possibilidades novas, pois a série não precisa, apenas as pequenas modificações, melhorias de alguns erros e todo o trabalho de inovação de alguns detalhes e ações do jogo tornam o game incrivelmente bom, e acima da média. Apesar da redução de mapas no multiplayer, em relação aos anteriores, a Epic já revelou que irá sair quatro novos DLCs que trarão mais mapas e uma nova mini história, e para que possamos pagar menos teremos a possibilidade de adquirir o Season Pass, que nos fará poupar cerca de 33% do valor dos 4 DLCs, algo que irá trazer de certo novas aventuras e mais motivos para não largar esse incrível jogo.


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